Há alguns anos, os conceitos de negócios focados em serviços em vez de produtos têm demonstrado excelente potencial para promover melhorias em sustentabilidade. Seu segredo é se apoiar na busca de eficiência para reduzir o uso de recursos e aumentar os lucros. Os negócios orientados para serviços podem ser formulados de muitas maneiras, de serviços de reparo e aluguel a serviços de design open source, em que os moldes das peças são livremente divulgados e compartilhados com os usuários, para que eles possam confeccioná-los em casa.
Um elemento fundamental de muitos negócios focados em sustentabilidade é a possibilidade de gerar receita com trabalhos diferentes, não apenas com mais vendas. Os serviços de reparo contribuem para esse objetivo, ajudando as pessoas a recondicionar suas roupas e cobrando por esse serviço. É claro que os serviços de reforma e conserto não são novos, no entanto, quando se reconhece formalmente sua contribuição e relevância para a sustentabilidade da indústria da moda, eles deixam de ser um conjunto de atividades isoladas e específicas e passam a ser um elemento intrínseco à efetividade geral do “sistema” da moda.
Organizações improvisadas já estão se consolidando com ou sem a sanção da indústria oficial da moda. A Social Fabric Collaborative de São Francisco, por exemplo, promove oficinas em que designers profissionais ajudam os não profissionais a consertar e fabricar as próprias roupas, a começar do simples pregão de um botão. As aulas são ministradas com a colaboração Bike Kitchen, empresa que oferece treinamento em consertos de bicicletas, no estilo “faça você mesmo”. Ao se associar com uma comunidade de manutenção de produtos já aceita, a Social Fabric leva-nos a questionar por que não tratamos de nossas roupas do mesmo modo como cuidamos de nossas bicicletas.
No site http://www.bagborroworsteal.com/ é possível emprestar, comprar e vender produtos. Acessa lá e confira como funciona.
Fonte: Livro – Moda & Sustentabilidade, design para mudança – Kate Flectcher & Lynda Grose
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